Novos postos de trabalho no Espírito Santo
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Em 2020, 12 trabalhadores do setor de rochas morreram em acidentes no ES

Em 2020, 12 trabalhadores do setor de rochas morreram em acidentes no ES

Levantamento foi feito pelo Sindicato dos Trabalhadores do Mármore e Granito do ES. De acordo com os dados, o número de mortes em 2020 já é maior do que o registrado em todo ano de 2019, quando 10 pessoas morreram

Até o momento, 12 trabalhadores do setor de rochas morreram no Espírito Santo em decorrência de acidentes no ambiente de trabalho.

Faltando cerca de 40 dias para o final de 2020, o número de acidentes fatais já é maior do que o registrado ao longo de todo o ano passado, quando 10 mortes foram contabilizadas.

O levantamento foi feito pelo Sindicato dos Trabalhadores do Mármore e Granito do Espírito Santo (Sindimármore). Ainda de acordo com a entidade, o número de mortes vem crescendo ano a ano, tendo em vista que oito mortes foram registradas em 2018.

Para o presidente do Sindimármore, Messias Morais, a falta de fiscalização compromete a segurança dos funcionários do setor.

"A gente tem uma deficiência grande em fiscalização. Hoje não há um corpo de fiscais para atender à necessidade do setor. As empresas sabem que não há uma fiscalização adequada e com isso relaxa nas condições de trabalho", pontuou Messias.

Dos 12 acidentes registrados neste ano, quatro ocorreram no Sul do estado, nas cidades de Atílio Vivácqua, Venda Nova do Imigrante, Itapemirim e Cachoeiro de Itapemirim.

O caso mais recente ocorreu na última semana em Gironda, distrito de Cachoeiro de Itapemirim. O trabalhador Jefferson Xavier, de 42 anos, morreu enquanto realizava um carregamento dentro de um contêiner. Segundo a família, chapas de granito caíram sobre ele.

Outros casos também já foram mostrados pelo G1, como o do trabalhador Aziel Betzel, de 32 anos, que morreu em julho deste ano em um acidente em uma pedreira de Nova Venécia, no Norte do estado.

Dias antes do episódio, uma explosão em uma pedreira deixou uma pessoa morta e outras duas feridas no interior de Barra de São Francisco, no Noroeste.

Segundo Messias Morais, cotidianamente os trabalhadores são expostos a riscos nas empresas em função de equipamentos em mau estado.

Entre os problemas, ele aponta falhas nas instalações elétricas, nos cabos de aço e também nos trilhos para o transporte dos blocos.

"São empresas que, se formos olhar, teriam que ser interditadas porque não tomam medidas de segurança", alertou o presidente do Sindimármore.

De acordo com Tales Machado, presidente do Sindirochas, que representa as empresas do setor, as empresas seguem uma série de regras. Além disso, treinamentos específicos vêm sendo feitos todos os anos visando garantir a segurança dos trabalhadores.

"É um setor perigoso. Por isso que a gente tem esses treinamentos específicos para cada ponto, justamente para minimizar riscos e evitar que acidentes aconteçam. O Sindirochas trabalha com curso há muitos anos. Nos últimos três anos foram treinadas 395 empresas, um total de 1.010 funcionários, dos quais 600 são na área de segurança", afirmou Tales.

O presidente do Sindirochas explicou que entre as atividades que geram mais riscos está a movimentação das chapas. Em função disso, foi criado um curso obrigatório sobre o tema. "Todo funcionário que entra no setor de rochas tem que fazer um curso de 36 horas justamente para ele conhecer os riscos", disse.

Sobre a fiscalização, o Ministério da Economia disse que a região Sul possui um projeto específico para acompanhar o setor e diz que pode reforçar a equipe em casos específicos quando solicitado.

(Fonte: G1 / ES)

 

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