O turismo vem passando por um processo de transformação. A avaliação é da assesora do Polo de Referência e Disseminação Sebrae de Turismo de Experiência, Renata Vescovi. Convidada da Comissão de Turismo desta terça-feira (4), ela apontou um aumento, nos últimos 20 anos, da busca pela exclusividade, da personalização, da transformação pessoal pela conexão com a cultura, as pessoas e o meio ambiente. Com isso, surgiram novos nichos de mercado, dentre eles se destaca o turismo de experiência.
Fotos da reunião
“No turismo convencional, há uma prática pouco imersiva no local visitado. Geralmente as pessoas vinham em grupos, passavam nos pontos turísticos, tiravam fotos. Mas era uma atividade mais superficial”, explicou.
Junto com esse turismo de massa, que teve seu boom entre 1980 e 2000, segundo a convidada, vieram impactos negativos, como a padronização das “experiências”, a sobrecarga dos espaços, geração de subempregos, bem como desigualdade econômica e social.
“Já o turismo de experiência preconiza um envolvimento maior do turista no local visitado. O destino de experiência gera o envolvimento do turista com aquela comunidade, maior interação, momentos até de contemplação. É mais conexão e engajamento”, detalhou a assessora.
Além disso, o novo nicho é mais lucrativo. Segundo Renata, “o turismo de experiência é uma tendência que cada vez mais se consagra como um diferencial do turismo. Quando a gente formata produtos de experiência, imprimindo originalidade, a história daquele local, a gente cria diferenciais competitivos. Assim, a gente acredita que os pequenos negócios têm melhores condições no mercado, agregando valor aos produtos e à atividade turística”.
Para o presidente da comissão, deputado Coronel Weliton (PRD), a importância desse tipo de turismo é fundamental, “principalmente com a reforma tributária, o turismo se mostra como uma fonte de geração de emprego, renda e de desenvolvimento social no estado. O turismo de experiência cada vez mais está evoluindo e avançando para que os empreendedores, as comunidades, as pessoas possam acolher os turistas, desenvolvendo cada vez mais a habilidade não só de desenvolver seus negócios, mas também de receber as pessoas”, pontuou.
